O calendário de vacinação dos animais bovinos e bubalinos contra a febre aftosa está mantido para os meses de maio e novembro deste ano, mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo avanço do Coronavírus em todo o país. A orientação é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a ressalva de que os estados podem, se necessário, ampliar o prazo de entrega das declarações aos Serviços Veterinários Oficiais.
Em Goiás, o Governo Estadual, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), informa aos pecuaristas que a primeira etapa será realizada no período de 1º a 31 de maio, como ocorre todos os anos. O presidente da Agrodefesa, José Essado, argumenta que o processo de vacinação é uma atividade rural, realizada em cada uma das propriedades e, portanto, não exige aglomeração de pessoas. Mesmo assim, defende que todos os cuidados recomendados pelas autoridades da Saúde sejam observados e cumpridos rigorosamente para evitar contágio pelo vírus.
Vacinas e declaração
Conforme José Essado, a Agrodefesa está atenta a todas as recomendações do Mapa, especialmente no que diz respeito à comercialização de vacinas e apresentação das declarações após a imunização. Quanto à aquisição de vacinas, deve ser feita preferencialmente nas revendas agropecuárias por telefone ou outro meio de comunicação à distância disponível. A entrega pela revenda ou por Sindicatos, Cooperativas, caminhão do leite e outros meios, deve ser feita diretamente na propriedade rural que a comprou. Nos casos em que isso não for possível, a venda direta ao produtor deverá levar em conta todas as medidas necessárias para mitigação de transmissão da Covid-19, tanto por parte das revendas quanto dos produtores rurais.
Quanto à declaração de vacinação, deve ser feita preferencialmente por meio eletrônico (sistemas informatizados). Quando não houver alternativa ao alcance do pecuarista, a comunicação presencial nos escritórios locais e regionais da Agrodefesa poderá ser postergada para um prazo maior, a ser definido por todas as partes envolvidas com o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) no estado.
José Essado informa que na etapa de maio deverão ser vacinados todos os animais (bovinos e bubalinos) de todas as idades, algo em torno de 22 milhões de cabeças. “Conclamo aos pecuaristas para que vacinem seus animais, mantendo Goiás com status de zona livre da febre aftosa sem vacinação. Precisamos estar atentos à sanidade do rebanho, para que o estado continue abastecendo os mercados interno e externo de carne de qualidade”, enfatiza Essado. A Agência já avalia também como apoiar e ajudar a vacinar os rebanhos de propriedades rurais que ficam em áreas remotas.
Informações da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa)