Instituído na década de 1960, o Dia do Trabalhador Rural, celebrado todo dia 25 de maio, foi criado para homenagear todos os trabalhadores e trabalhadoras do campo. A data é motivo de orgulho para Ana Rita dos Santos, 47 anos, produtora rural do município de Goianésia, assistida pela Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater). Criada em uma fazenda desde a infância, a agricultora conquistou seu próprio pedaço de terra em 2007, onde começou a produzir leite, banana, maracujá e outros alimentos, junto com seu esposo e dois filhos.
A produtora contou que toda a sua família tem uma vida voltada para o campo e que os filhos, interessados pelas responsabilidades do trabalho rural, pensam em tocar os negócios da propriedade futuramente. Segundo ela, a Emater está presente desde o início, oferecendo acompanhamento técnico e qualificação por meio de cursos.
“A Agência é muito atuante em Goianésia. Quando começamos na fazenda, eles visitaram a propriedade e desde então recebemos assistência técnica. Antes de conhecer a Emater eu não produzia quase nada, só ficava na propriedade entregando leite. Hoje também faço pães, feira e coloco meus produtos na merenda escolar. Abriu meu ponto de vista”, disse.
Sobre sua profissão, Ana Rita não esconde o apreço que sente pela rotina na zona rural. “É a coisa mais importante da minha vida. Meus olhos brilham ao ver que nasci para isso e a cada dia a certeza vai só aumentando. Me identifiquei tanto que não consigo me ver fazendo outro trabalho”, relatou alegre.
No Brasil, o campo é responsável pela geração de mais de 15 milhões de empregos em cerca de cinco milhões de estabelecimentos agropecuários, conforme o último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2017. O país conta com uma área de 350 milhões de hectares ocupados pela agropecuária, ou seja, 41% de seu território. A força do trabalho rural é especialmente evidente em Goiás, onde o pessoal ocupado na área corresponde a mais de 490 mil pessoas. O estado conta com aproximadamente 152 mil estabelecimentos agropecuários.
Um desses estabelecimentos é o do pecuarista Ismair Antonio Mendanha, 52 anos, que também recebe acompanhamento da Emater. “Eu nasci nesta fazenda e aqui estou até hoje. Acho que o agro é muito importante para o país, pois somos nós que levamos o alimento para todos”, declarou. Localizada em Itauçu, sua propriedade é especializada em gado de leite e após o auxílio da Agência Goiana, realizado há mais de duas décadas, o pequeno produtor viu a produtividade dar um salto com a implantação de um sistema de pastejo rotacionado.
O rebanho de bovinos é o segundo maior do Brasil, ficando atrás apenas dos galináceos. São 172.719.164 cabeças de gado em todo o país e mais de 17 milhões em Goiás. O estado produz 3 milhões de toneladas de leite por ano e 9 milhões de litros por dia. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite), existem 70 mil produtores de leite em Goiás, a maioria deles de pequeno porte.
“Para nós é muito gratificante levar alimento para as pessoas”
Josimar de Souza Santos, 43 anos, é produtor de milho e hortaliças em Águas Lindas de Goiás. Para ele, uma das partes mais recompensadoras de seu trabalho é garantir o alimento na mesa de milhares de goianos. “A satisfação é imensa de plantar hoje e colher amanhã. Para nós, produtores, é muito gratificante ver que as pessoas estão sendo beneficiadas por estarem adquirindo um produto de primeira e com preço bem acessível”, afirmou. Sua fazenda, na zona rural do município, além da produção de vários alimentos, é responsável pela geração de empregos, uma vez que o agricultor conta com um atuante quadro de funcionários.
“No campo, se for deixar pela vontade e o serviço, a gente trabalha dia e noite. Eu tenho uma equipe que está trabalhando comigo, então, graças a Deus, também estamos gerando emprego. É muito bom ver a satisfação da pessoa quando é recompensada no final do mês”, comentou. Sobre o trabalho de assistência técnica, o agricultor prestou seus agradecimentos à Emater e Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). “Vocês estão em nosso coração. Continuem nos orientando, que com certeza vai chegar sempre um produto fresquinho na mesa do nosso consumidor”, acrescentou.
A família Oliveira, de Itaberaí, também ressalta a importância do trabalho no campo. “Movimentamos a economia com a venda da produção oriunda das atividades agrícola e pecuária”, disse a matriarca Ângela Edmundo de Oliveira. Na propriedade, a família cria gado, suínos e aves, produção da qual retiram seu sustento. Segundo ela, com as ações da Emater, é possível desenvolver sistemas de produção mais sustentáveis entre agropecuaristas assistidos, gerando renda e conferindo competitividade para os pequenos negócios. “Famílias rurais com vida mais digna e de qualidade”, frisou.
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