Produção de abóbora em Rio Verde se torna referência nacional

Município tem se beneficiado de iniciativa da Emater que usa de tecnologia para ampliar plantio em safrinha

Todo ano são produzidas no Brasil cerca de 500 mil toneladas de abóbora. Goiás não fica de fora e tem aproveitado a demanda dos consumidores. Neste cenário, a Emater – Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária tem lançado mão do uso de tecnologias para ampliar o incentivo do plantio da hortaliça em safrinha no município de Rio Verde (GO).

Nas últimas décadas, a região Centro-Oeste tem se tornado um polo de cultivo e comercialização de abóbora. A produção da Cabotiá ou abóbora Japonesa, em Rio Verde, cresce a cada ano. Isso porque a produção na safrinha tem tido aumento com o apoio do uso das tecnologias incentivadas pela Emater.

Há quatro anos o escritório local da Agência no município de Rio Verde vem contribuindo com o fortalecimento dessa cultura na região. De acordo com o técnico da Emater José Luiz, “o escritório local começou a incentivar o uso de abóbora em safrinha. Hoje, com a tecnologia, a abóbora produzida aqui é conhecida como uma das melhores do Brasil”.

A produção em safrinha da abóbora Cabotiá vem crescendo em Goiás. Segundo José Luiz, o estado produz cerca de 12 toneladas por hectare, já chegando a produziu mais de 32 toneladas, mas a média é acima de 20 toneladas.

Tecnologia utilizada

O aumento da tecnologia proporciona a melhora da cultura, contribuindo para o desenvolvimento da produtividade e do manejo do solo para plantação, pois a região de Rio Verde tem solos com baixa fertilidade natural e que exigem manejo adequado permitindo uma agricultura intensiva.

Diante desses desafios, o produtor goiano não desanima, porquê a abóbora Cabotiá tem a sua maior parte de produção em São Paulo, Minas Gerais e Bahia, mas esses estados não estão plantando, e a região Sul, que é outro grande produtor, está encerrando o plantio, abrindo uma janela de comercialização para o Estado.

Em Goiás, a tecnologia utilizada requer, antes de tudo, a compreensão de cada fator que compõe o sistema de produção. Porém, inicialmente, é empregado o plantio começando com análise de solo e fertilização. Por isso, é importante que o produtor interessado entre em contato com a Emater para fazer o planejamento da plantação.

Doenças

Existem doenças e pragas que podem interferir na plantação, de acordo com José Luiz é importante acompanhar a cultura, porque a cada mudança climática ocorre ataques de pragas diferentes, é preciso estar sempre acompanhando a plantação de perto por que as doença e pragas tem diferentes sintomas e efeitos na abóbora.

A Emater entra nesse processo atuando onde a iniciativa privada não atende, desenvolvendo técnicas para auxiliar produtores rurais, acompanhando de perto esses produtores rurais. Disponibilizando técnicas de produção que ao longo do tempo, fortalece e aperfeiçoam técnicas no município de Rio Verde.

Rio Verde das Abóboras

A região de Rio Verde é conhecida nacionalmente como a cidade das abóboras e, de acordo com José Luiz, não é por acaso. “Soldados na época do império comiam abóbora pois era uma espécie nativa da região, havia muitas nas margens dos rios. Com isso, a história da cidade ficou conhecida como ‘Rio Verde das Abóboras’”, conta.

Gerência de Comunicação para Inovação – Emater
Texto: Matheus Alves | Fotos: Nivaldo Ferr
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