O coordenador regional da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), o médico veterinário Damásio Amorim, e a Entomologista do Laboratório de Entomologia e Controle Biológico, Karin Ferreto Santos Collier, promoveram uma reunião técnica para a transferência de informações sobre a broca-do-tronco do pequizeiro, no último dia 27 de novembro, por videoconferência.
O grupo de técnicos e pesquisadores da Emater receberam informações do professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Eduardo Carneiro, sobre sistemática de lepidópteros da família Cossidae. O entomologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Antônio Cláudio Ferreira da Costa, forneceu orientações sobre a montagem de armadilhas para captura de adultos da broca e estratégias de monitoramento.
A reunião teve como objetivo formar um grupo de profissionais da pesquisa, assistência técnica e extensão rural para o monitoramento e desenvolvimento de estratégias de controle da praga no Estado. A ação foi estabelecida como uma prioridade, segundo a diretora de Gestão Integrada da Agência, Maria José Del Peloso.
O pequi tem ampla distribuição no Cerrado e transcende as divisas estaduais. Para identificar a broca, compreender a ação da praga e as possíveis estratégias de controle, a Emater trabalha em parceria com a Epamig e a UFPR visando atender os produtores. A Agência Goiana está elaborando um termo de cooperação técnica junto a Epamig, que pesquisa o surto em Minas Gerais desde 2018. A UFPR vai identificar a praga, com a ajuda do professor sistemata, Eduardo Carneiro. Já a Universidade Federal de Goiás (UFG) irá estudar a biologia da broca-do-tronco no Estado.
“Como é um inseto que a gente não conhece nem o nome e que ainda não consta na base de dados do Ministério da Agricultura, é possível que seja uma espécie nova, mas ainda não podemos garantir. Então é um longo trabalho e o monitoramento já está tendo início com os escritórios da Emater envolvidos no processo”, conta a entomologista.
Karin Collier também informa que as etapas seguintes serão executadas nos próximos meses. “Nós estamos mobilizados para coletar o adulto da broca, que é uma mariposa. Os pesquisadores convidados orientaram os pesquisadores e técnicos da Emater sobre a coleta e o pouco que sabemos sobre a biologia da praga. Como conclusão, em dezembro de 2020 e janeiro e fevereiro de 2021, instalaremos armadilhas e monitorando para coletar o adulto da praga. Paralelamente, a Emater e a Epamig estão conduzindo pesquisas e desenvolvendo uma metodologia para o manejo da praga”, explica.
Em outubro, quatro municípios goianos (Sítio D’Abadia, Damianópolis, Mambaí e Buritinópolis) registraram ocorrências nos pequizeiros, no entanto, segundo a pesquisadora, há muito mais casos do que os já relatados. Ela aguarda os dados para concluir o mapeamento. A orientação é que os agricultores notifiquem os escritórios locais da Emater ou entrem em contato com a Estação Experimental Nativas do Cerrado pelo telefone (62) 3201-1566.
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