A Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), por meio da Unidade Didática de Agroindústria, ofereceu entre os dias 03 e 07 de outubro, um curso de aperfeiçoamento das técnicas de doces cristalizados e compotas para extensionistas da instituição e produtoras que trabalham com a manipulação de doces. A demanda surgiu com a regional Rio das Antas da Emater como uma forma de melhorar as técnicas já existentes e porque a região é composta por municípios que são polos comerciais de doces no Estado.
“Com essa capacitação, as extensionistas e produtoras puderam ampliar seus conhecimentos, aperfeiçoar suas técnicas e, assim, agregar valor aos seus produtos. tornando-os mais atrativos e saborosos e, de certo modo, aumentando a sua rentabilidade”, explica a assessora social da regional, Divina Lúcia Rezende.
As participantes foram instruídas pela doceira Maria Rita Dias de Paula, do município de Carmo do Rio Claro (MG), e proprietária da Doces Sabor Família. Na ocasião, elas aprenderam processos de bordado e glaçamento de doces de frutas como a laranja, abóbora, abacaxi, mamão e outras. “Acompanhamos outras cidades e estados e percebemos que Minas Gerais possui técnicas mais avançadas nessa área. Daí surgiu a ideia de trazer essa profissional para nos dar esse treinamento”, completa Divina Lúcia.
Umas das alunas do curso foi a empreendedora Olívia Chaves Gomes que, junto com sua mãe, é proprietária da Tradição de Mamãe Doces e, conforme dito por ela, usará as técnicas aprendidas para melhorar a apresentação de seus produtos junto aos clientes. “Esse curso é importante porque é uma forma de aproveitar algo não tão utilizado pelas pessoas – a abundância das frutas. As técnicas aqui aprendidas servirão para agregar valor ao meu produto e elevar a minha rentabilidade”, afirma.
Trabalhos na Agroindústria
A Unidade Didática de Agroindústria da Emater está localizada no Complexo de Inovação Rural, em Goiânia, e oferece mensalmente cursos de capacitação para produtores que estão em busca de melhorar sua rentabilidade por meio da agroindustrialização artesanal.
Conforme relata a supervisora de Desenvolvimento Social da Emater, Janete da Rocha, o objetivo é difundir informações sobre o processamento correto de alimentos em vários setores, como a de leite, carnes e frutas, por exemplo. “Temos condições técnicas de oferecer treinamentos considerando várias cadeias produtivas. Trabalhamos no sentido de ensinar aos produtores técnicas acessíveis para aplicá-las em suas propriedades”, explica.
Além de se capacitarem para agregar valor a suas mercadorias, os produtores também aprendem a lidar com outras questões, como o aproveitamento integral da produção. “Às vezes eles têm produto excedente em suas propriedades e não sabem como usar. Então a gente ensina a fazer o uso correto deste produto para que possam aumentar sua renda e ter uma oportunidade”, destaca Neurileide Leão, extensionista social da Emater.
O trabalho na Unidade Didática de Agroindústria da Emater envolve também o ensino sobre Boas Práticas de Fabricação (BPF) durante o processo de produção, segundo explica a extensionista social, Rosângela Caparrosa. “Trabalhar dentro das Boas Práticas possibilita não só aumentar a renda e utilizar os excedentes, como também que as pessoas possam se mostrar capazes de realizar determinada transformação de produtos”.
Os cursos são oferecidos sob demanda e até o momento estão acontecendo mensalmente. Já participaram das capacitações, turmas de diferentes regiões do Estado, para cursos de quitandas, panificações e manipulação de alimentos.
As capacitações são planejadas considerando a realidade local de cada turma. “A gente precisa conhecer quem vem e saber até onde vai o conhecimento da pessoa sobre o produto. Ensinar algo que a pessoa já sabe não agregará nada a ela”, finaliza Rosângela.
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