O projeto da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) que visa a implantação de unidades demonstrativas em municípios do Sudoeste de Goiás chegou em boa hora para as agricultoras familiares Lucia Silva Oliveira e Fabiola Silva Martins. Após enfrentarem alguns problemas em sua horta, as produtoras da cidade de Perolândia foram contempladas pela iniciativa e, com apoio do Governo do Estado, por meio da Emater, passarão a ter em sua propriedade um sistema de cultivo profissionalizado, que servirá como modelo para outros agricultores da região.
Segundo as proprietárias do sítio, que conta com produção de leite, milho, soja e hortaliças, apesar dos esforços para coordenar o trabalho na terra, a horta era frequentemente acometida por doenças, prejudicando a produção. Nesta primeira etapa, o técnico local da Emater, José Luiz Pereira, orientou a plantação de novas mudas de folhosas e irá assistir todas as fases do programa, da lida no campo até a comercialização nas feiras livres. “Essa é uma oportunidade em que quero aproveitar ao máximo e aprender o certo porque esse é um dos nossos sustentos e onde eu quero que meus filhos trabalhem”, disse Fabiola.
O objetivo das unidades demonstrativas é viabilizar a transferência de tecnologia agrícola entre uma comunidade de produtores rurais. A partir dessa metodologia é possível demonstrar os resultados do pacote tecnológico instalado sob a supervisão de profissionais habilitados. Assim, o conhecimento obtido através das unidades pode ser multiplicado no corpo social em que foram inseridas, estimulando outros agricultores a aprimorarem suas estratégias de trabalho e a investirem em inovação.
De acordo com José Luiz, serão desenvolvidas seis unidades demonstrativas nos municípios de Rio Verde, Santa Rita, Portelândia e Perolândia. Com a inserção de culturas pouco disseminadas em pequenas áreas, como cebola e alho, a intenção é melhorar a qualidade dos produtos da agricultura familiar e apresentar novas alternativas para pequenos produtores. O projeto inclui tanto a parte técnica, em campo, como a parte de comercialização, fora da porteira, imprimindo uma abordagem ampla e completa às unidades.
“Aqui no sudoeste goiano, a Emater está tentando desenvolver esse programa porque a linha de hortifruti, a agricultura familiar e as feiras são um dos maiores geradores de emprego, principalmente as feiras livres, em que a mercadoria compete com as mercadorias de supermercado. Se os produtores não tiverem uma produção com o mesmo nível dos supermercados, eles terão maior dificuldade para vender”, explicou o profissional da Agência Goiana.
O próximo passo, além de observar e orientar quanto à manutenção da horta-modelo, é planejar o desenvolvimento de um trabalho comportamental, conduzido por um profissional da psicologia, junto às famílias assistidas. Ainda conforme o técnico, é importante adotar essa perspectiva terapêutica, resgatando a autoestima de homens e mulheres do meio rural. As unidades demonstrativas serão também qualificadas com o Selo de Inovação da Emater e irão sediar Dias de Campo para que as metodologias e os resultados colhidos sejam repassados para os demais produtores da localidade. Ainda não há previsão de datas para a realização dos eventos em decorrência da pandemia de Covid-19.
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