Representantes da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e do Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS) se reuniram, na última terça-feira (28), para estruturarem uma proposta de trabalho que visa a difusão de variedades de plantas geneticamente melhoradas entre agricultores familiares. O intuito é resgatar a diversidade genética vegetal e ampliar a quantidade e o acesso a variedades disponíveis no mercado.
Ainda em fase inicial de tratativas, a articulação propõe a disponibilização de cultivares lançadas pela Emater para que o GAAS conduza experimentos em campo. A partir dos estudos, que deverão ser realizados em todas as regiões do Estado, será possível coletar dados completos sobre o comportamento das variedades. Assim, os produtores terão maior autonomia e precisão ao escolher a cultivar mais adequada a sua realidade produtiva, levando em conta, entre outros, fatores climáticos e biológicos.
Em seis décadas de história, a Emater já lançou mais de 40 cultivares de milho, soja e sorgo. A intenção da cooperação junto ao GAAS é conceder essas tecnologias, obtidas após dezenas de anos de pesquisa, para que os estudos alcancem um novo patamar. Segundo a diretora de Gestão Integrada da Emater, Maria José Del Peloso, o objetivo final da proposta é oferecer materiais que se enquadrem no eixo da agricultura sustentável proposta pelo GAAS.
As variedades deverão ser testadas adotando-se técnicas que são expertise do Grupo, como a utilização de pó de rocha, agromineral que melhora as condições do solo, e de bioinsumos, produtos feitos a partir de microrganismos, materiais vegetais, orgânicos ou naturais e implementados nos sistemas sustentáveis de cultivo para combater pragas e doenças. Os ensaios irão analisar como as cultivares se adaptam a essas metodologias de manejo.
Ao ressaltar a necessidade de desenvolver o sistema de agricultura sustentável no cultivo de materiais convencionais, o presidente do GAAS, Rogério Vian, lembra que essa genética está preservada em órgãos e empresas públicas, como a Emater e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Se não tivermos apoio do poder público não conseguiremos avançar nessa questão do melhoramento genético, do resgate de variedades”, explica.
Também estiveram presentes na primeira reunião o presidente da Emater, Pedro Leonardo Rezende; o diretor de Pesquisa Agropecuária, João Asmar Júnior; e a gerente de Pesquisa Agropecuária, Cláudia Pimenta. O próximo passo é alinhar junto ao corpo de pesquisa da Agência Goiana de que forma a proposta será estruturada e definir novas agendas para o estabelecimento de planos de ação, metas e prazos.
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