A Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) realizou uma oficina de processamento de broto de bambu nesta quinta-feira (17), para extensionistas da instituição, na Agroindústria Escola, que fica no Complexo de Inovação Rural, em Goiânia. A ação conta com a parceria da Universidade Federal de Goiás (UFG) e teve a participação de técnicas das Regionais Rio das Antas e Rio Paranaíba, que abrangem 45 municípios goianos.
O objetivo do treinamento é capacitar as extensionistas da Emater para que possam repassar o que foi aprendido aos agricultores familiares atendidos pela entidade. “Nossa turma de social é pequena, mas muito expressiva e proativa”, afirma a supervisora de Desenvolvimento Social da Emater, Janete da Rocha. Ela esclarece que apesar de inicialmente ter um público-alvo específico, todos terão a oportunidade de fazer o curso.
Para o instrutor da formação, o professor do Instituto de Ciência Biológicas da UFG e membro da Rede Bambu Goiás, Paulo Roberto Faria, a ideia é estruturar e fortalecer a cadeia produtiva de bambu, planta que pode ser utilizada na construção civil, arquitetura, artesanato e alimentação. “Não pode existir uma propriedade rural sem bambu, por causa de suas múltiplas funcionalidades”, declara.
O profissional explica que no mundo estão registradas cerca de 1.500 espécies de bambu e o Brasil é um dos países que têm mais espécies nativas da planta. “Precisamos desmistificar o pensamento de que o bambu é uma praga e aprender a fazer a manutenção do bambuzal”, diz.
O professor ressalta ainda os benefícios do bambu para a saúde. O vegetal é abundante em vitaminas do complexo B, cálcio e ferro, trazendo benefícios para o corpo e para a mente. Além do broto em conserva, é possível aproveitar o bambu de diversas formas na alimentação, como a farinha, sem glúten e rica em fibras.
Presente na abertura da oficina, o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emater, Antelmo Teixeira, afirma é preciso explorar essa gramínea, que apresenta alto potencial de mercado para a agricultura familiar. “É uma planta que se adapta em qualquer lugar. Nós, com nossa equipe de extensionistas, queremos aprender aquilo que vai agregar ao produtor rural”. O gerente de Assistência Técnica, Luiz César Gandolfi, também esteve na abertura.
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