Curso de produção de cachaça artesanal capacita produtores em Santo Antônio de Goiás

Oficina capacitou 15 pequenos produtores no município – Foto: Divulgação

Pequenos produtores do município de Santo Antônio de Goiás participaram, na última semana, entre os dias 19 e 23 de agosto, do Curso de Produção de Cachaça Artesanal. A capacitação, promovida pelo Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), contou com uma turma de 15 alunos.

A ação foi organizada pelos técnicos da Emater Oldoen de Souza e Sandra Carneiro; e ministrada pelo engenheiro agrônomo e extensionista do órgão Robson Luís de Moraes.

Estiveram presentes na abertura a chefe de gabinete da Emater, Maria Roselene Cruvinel; o presidente da Associação Goiana dos Produtores de Cachaça de Alambique (AGOPCAL), Luiz Manteiga de Campos; o secretário de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda de Santo Antônio de Goiás, Lourival Vaz, e a secretária de Saúde, Deusmair Antônia de Jesus; e representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Programação

Com uma programação intensa, o curso ofereceu, entre outras, palestras sobre variedades da produção de cachaça, aspectos do plantio de cana-de-açúcar, técnicas de fermentação e tópicos de legalização. Para complementar o treinamento, os produtores também receberam aulas práticas, participando ativamente das etapas de produção.

A capacitação, portanto, permitiu que os alunos tivessem contato com todo o ciclo de produção da cachaça, desde o cultivo da cana-de-açúcar até questões mercadológicas. Uma das oficinas mais completas da área, segundo o instrutor Robson Luís.

“A primeira parte do curso é sobre o cultivo da cana-de-açúcar. Vamos até o campo ver as variedades existentes, espaçamento, grau brix. […] Depois, passamos para a área industrial. E a parte de legalização, no final. A gente passa as normas, faz uma palestra sobre registro, construção, investimento e planejamento antes de começar a construir”, esclareceu o extensionista.

Ainda conforme Robson Luís, o aprendiz finaliza o workshop com os conhecimentos necessários para fazer uma análise sensorial satisfatória da bebida.

“É importante distinguir um destilado alcoólico que todo mundo faz, está no mercado e tem consequências para a saúde, de uma cachaça que tenha aspectos sanitários e de saúde controlados. […] E os alunos aprenderam isso, a fazer uma boa cachaça”, acrescentou.

Renda

De acordo com Oldoen de Souza, um dos organizadores da atividade, o objetivo do evento também foi oferecer aos produtores locais uma alternativa de complementação de renda. A capacitação possibilitou aos alunos que os mesmos avaliem, individualmente, a viabilidade de abrir um negócio nesse setor, que é um mercado em expansão.

Segundo dados do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), o Brasil conta com 1500 produtores nacionais registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Além disso, 95% desse mercado é formado por micro e pequenos empresários, gerando cerca de 600 mil empregos diretos e indiretos.

Comunicação Setorial – Emater
Texto: Fernanda Garcia
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