O meio rural, apesar de afastado dos grandes centros urbanos, não está isento da propagação do novo coronavírus, responsável por causar a Covid-19, doença que tem acometido milhares de pessoas em todo o mundo. Em Goiás, a administração estadual não tem medido esforços para conter a disseminação do vírus, divulgando medidas de prevenção que devem ser adotadas por toda a população do estado, inclusive aquela que está no campo e do campo retira seu sustento.
O presidente da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), Pedro Leonardo Rezende, atentou para a importância da comunidade rural adotar uma conduta preventiva. “Os produtores frequentemente interagem com pessoas externas, seja no momento de aquisição dos insumos básicos para o sistema de produção, seja no momento da comercialização, como em feiras ou em locais com algum nível de aglomeração. Esse segmento se torna ainda mais vulnerável devido a falta de informações, que não chegam com a mesma intensidade como chegam para a população urbana”, ressaltou.
Até a publicação desta matéria, foram confirmados no estado 29 casos de coronavírus e 1.336 casos suspeitos em investigação, conforme boletim epidemiológico divulgado pelo Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). Em Goiânia, são 15 pessoas com Covid-19; Rio Verde, 5; Anápolis, 3; Aparecida de Goiânia, 2; Valparaíso de Goiás, 2; Jataí, 1; e Catalão, 1. Goiás não registra mortes pela doença.
O governador Ronaldo Caiado, por meio dos Decretos nº 9.633 e nº 9.634, estabeleceu algumas determinações como a suspensão de aulas, o fechamento do comércio e o cancelamento temporário de eventos. Na Emater, todas as atividades foram adiadas – até mesmo as visitas técnicas – e os departamentos adotaram canais de teleatendimento para continuar, longe de aglomerações, à serviço da população.
No campo, portanto, não deve ser diferente. Produtores rurais, dos pequenos aos grandes agropecuaristas, agricultores familiares e trabalhadores do setor em geral devem tomar alguns cuidados. Além das orientações básicas divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como a constante higienização das mãos e isolamento de pessoas com suspeita da Covid-19, seguem abaixo algumas recomendações específicas:
• Afastamento imediato de funcionários que apresentem sintomas do vírus, como febre, dor de garganta, tosse e falta de ar;
• Distribuição de álcool 70º gel ou líquido (os dois têm a mesma eficácia) em todos os setores;
• Superfícies e objetos devem ser higienizados com desinfetante regularmente;
• Constante higienização das mãos com água e sabão ou com álcool (como os produtos citados no tópico anterior), lembrando de sempre disponibilizar sabonete nos banheiros;
• Constante higienização das mãos com água e sabão ou com álcool (como os produtos citados no tópico anterior), lembrando de sempre disponibilizar sabonete nos banheiros;
• Distanciamento entre pessoas de, no mínimo, um metro;
• Não dividir caronas nos veículos e nem compartilhar cabines de colheitadeiras, tratores e caminhões;
• Não compartilhar ferramentas de trabalho, como pás, enxadas e rastelos;
• Caminhoneiros e outros prestadores de serviços devem permanecer no interior dos veículos durante entrega ou carregamento de mercadorias;
• Usar de forma individual objetos como garfo, faca, copo de água;
• Não emprestar celular, rádio ou outros aparelhos de comunicação;
• Evitar ao máximo pessoas acima de sessenta anos nos locais de trabalho.
O que se sabe sobre o Coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. Os primeiros coronavírus humanos foram isolados em 1937, mas seu novo agente, responsável pela doença Covid-19, foi descoberto no dia 31 de dezembro de 2019, após casos registrados na China. Por isso, é comumente denominado de “novo coronavírus”.
Grande parte das pessoas se infecta ao longo da vida com os coronavírus comuns, como os coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43 e HKU1. Mas o que torna o novo coronavírus diferente de uma gripe comum? Apesar de compartilhar sintomas como febre e tosse, constatou-se que o Covid-19 pode ser 10 vezes mais letal que a gripe comum. Os especialistas apontam também que formas mais graves da doença podem atingir uma parte maior da população do que uma gripe qualquer.
Além disso, é sabido que o coronavírus é transmitido essencialmente pela via respiratória e pelo contato físico. Gotículas de saliva expelidas pelo paciente, por exemplo, ao tossir, são altamente contagiosas. Por isso, as autoridades de saúde orientam manter uma distância interpessoal de pelo menos um metro. Quando tocamos superfícies contaminadas também corremos riscos pois podemos colocar involuntariamente as mãos infectadas no rosto, boca, nariz e olhos.
Pesquisadores em todo o mundo têm se debruçado em estudos para o desenvolvimento de uma vacina para a doença. No entanto, por ser um processo naturalmente demorado, ainda não há nenhum medicamento ou tratamento específico comprovado. Profissionais da saúde recomendam que a melhor forma de combater o novo coronavírus é a prevenção, evitando aglomerações e praticando o distanciamento social.
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Comunicação Setorial – Emater
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