Com assistência da Emater, família de assentamento rural colhe 14 toneladas de maracujá em Flores de Goiás

Sucesso no cultivo serviu como exemplo para outro agricultor familiar da região, que visitou local para conhecer sistema de plantio da fruta | Imagem: Divulgação

A plantação de maracujá da família Souza tem rendido bons resultados em sua propriedade, no Projeto de Assentamento (PA) Bom Sucesso, em Flores de Goiás, município da região Nordeste do Estado. Com acompanhamento do Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), o casal de agricultores familiares Antônio Barbosa de Souza e Tatiane da Silva Oliveira Souza está colhendo anualmente 14 mil quilos da fruta. O sucesso no cultivo serviu como exemplo para outro agricultor familiar, Luciano Rodrigues da Costa, que visitou o local, na última semana, em ação promovida pela unidade da Emater na cidade.

Com terras no PA Bela Vista, Luciano e a esposa, Cleuza Rodrigues, pretendem preencher um hectare de sua chácara com maracujazeiros. Para que eles tenham êxito na tarefa, além da assistência técnica, a Emater viabilizou o encontro entre os agricultores com o intuito de oportunizar a troca de experiências. Extensionista do órgão, Leide Moreira explica que em decorrência da pandemia eventos de multiplicação de tecnologia foram temporariamente suspensos, por isso a visita, que foi realizada seguindo as diretrizes de segurança, é fundamental para os processos educativos da extensão rural.  

“É importante ver a realidade de perto, questões como espaçamento, técnicas de irrigação, adubação. Eles podem compartilhar conhecimento, um mostrando o sistema de plantio para o outro, dividindo o que funcionou e o que deu errado”, afirma. A profissional ressalta ainda que o maracujá detém um mercado amplo e seu cultivo é bastante viável na região, especialmente pela proximidade com o Distrito Federal, para onde boa parte da mercadoria deve ser destinada.

A propriedade da família Souza conta com uma área de 28 hectares, onde são cultivadas também outras frutas e legumes, como melancia, limão e quiabo. Em 2018, os agricultores começaram a investir em maracujá, produzindo inicialmente uma média de 100 sacos por mês em meio hectare de terra. Hoje, a produção dobrou, alcançando 200 sacos mensais. 

“O apoio da Emater trouxe muitas melhorias, tanto na área de plantio como de mercado. Abriu nossa mente. Mesmo em poucos meses, já sentimos grandes diferenças”, declara Tatiane Souza. A fazenda recebe assistência técnica da Agência Goiana há cerca de seis meses, período em que os técnicos da unidade local auxiliaram a família na obtenção de um galpão do produtor, a chamada “pedra”, nas Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF). Assim, os agricultores podem realizar a venda direta de seus produtos, conquistando melhores valores de comercialização.

O mesmo direcionamento está sendo conduzido junto aos produtores que ainda irão começar o plantio de maracujá. A família Rodrigues trabalha atualmente com goiaba, pitaia, milho, abóbora e quiabo. “Decidimos plantar maracujá porque achamos interessante para diversificarmos as culturas em nossas terras. A visita na propriedade do Antônio foi bem explicativa, aprendemos bastante”, diz Cleuza. As próximas etapas serão a análise e o preparo do solo sob supervisão da Emater para, em seguida, realizar a adubação adequada. A expectativa é que os procedimentos sejam finalizados em 40 dias, quando deve ser iniciado o plantio.

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