Enquanto aguardamos com boas expectativas a criação da Secretaria da Retomada, no Governo de Goiás, que deverá fazer um rearranjo administrativo e somar esforços na criação de emprego, renda e crescimento da economia, é preciso ressaltar a participação e importância de um setor que não pode parar e nem parou durante a pandemia. É o setor agropecuário, sustentação socioeconômica da sociedade, tanto pelo lado da produção de alimentos, quanto pela venda de excedentes para outros países. O governador Ronaldo Caiado salientou no lançamento do Plano Safra 2020/2021, que a agropecuária goiana tem garantido a comida na mesa e as condições de negociação no exterior para gerar renda, de modo com que o Estado pudesse cuidar das vidas das pessoas, sobretudo no aspecto social. E isso de fato aconteceu.
O recorde de produção da safra 2019/2020, estimada em 26,7 milhões de toneladas de grãos, e a produção de outros itens agropecuários contribuem para o fortalecimento da nossa economia. No primeiro trimestre deste ano, a agropecuária empregou 307 mil pessoas em Goiás, aumento de 4,4% em relação ao mesmo período de 2019, e também foi o grande responsável por manter o crescimento do Produto Interno Bruto em Goiás (PIB), de 3,4% – aumento de 18% só no agro. Isso sem contar as exportações, nas quais o agro já participa com 80,9% de tudo que foi exportado pelo Estado, considerando de janeiro a junho.
O crescimento é resultado de investimento contínuo no setor, especialmente garantido pelo governador que sempre enxergou na defesa dos nossos produtores um futuro promissor garantido. Durante sua gestão, reafirmou seu compromisso com o meio rural. Recriou a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, extinta na gestão passada. E essa Secretaria atua hoje, junto às suas jurisdicionadas Emater, Agrodefesa e Ceasa, na linha de frente na busca por investimentos, benefícios e criação de políticas públicas que incentivem o crescimento sustentável do agro. É uma atuação forte para levar melhorias não só para quem vive no campo, mas também para toda a população nas cidades.
É preciso destacar a importância do setor como fonte de matéria-prima para a retomada que tanto queremos. De indústrias fortes em nosso Estado, como as de processamento de alimentos, laticínios e vestuário, à prestação de serviços, que incluem a alimentação e o entretenimento baseado na gastronomia, bem como o comércio de roupas – tudo tem o agro como base. E se a retomada que tanto precisamos é urgente e necessária, o agro – sua sustentação em vários sentidos – deve ser sempre um de seus pilares mais fortes.
Antônio Carlos de Souza Lima Neto* é secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa)
(Artigo publicado originalmente no Jornal O Popular, em 20 de julho de 2020).