Família de pequenos agricultores amplia produção de pimenta após assistência técnica da Emater em Indiara

Com produção mensal de aproximadamente 180 quilos, propriedade irá passar de 15 mil para 25 mil pés de vários tipos da planta | Imagem: Divulgação

Acompanhamento culinário muito popular nos pratos brasileiros, a pimenta se transformou na principal fonte de renda do agricultor familiar Francisco Sales da Costa, produtor assistido pelo Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), e pela Prefeitura Municipal de Indiara. Sua propriedade, com cerca de dois hectares de plantação de diversas cultivares de pimenta, terá a produção ampliada sob supervisão da unidade local da Emater na cidade, passando de 15 mil para 25 mil pés.

Há cerca de quatro meses, o agricultor familiar e sua filha, Márcia Rejane Sales, buscaram apoio da Agência Goiana para o cultivo de pimenta. De acordo com a engenheira agrônoma da unidade, Maquell Chaves, foi elaborado um projeto de irrigação, implantado conforme a realidade e capacidade de investimento da família. Os resultados foram tão positivos que uma nova área está sendo preparada para aumentar a produção, atualmente registrada em 10 a 12 caixas de 15 quilos cada por mês. “Eles conseguiram um comprador que irá adquirir toda a produção. Tivemos que expandir para atender a crescente demanda”, conta a profissional.

Na fazenda, são cultivadas pimenta biquinho, dedo-de-moça, pimenta bode e malagueta

Na fazenda, são cultivadas pimenta biquinho, dedo-de-moça, pimenta bode e, mais recentemente, malagueta. Também são produzidas algumas hortaliças, que são comercializadas duas vezes por semana na feira local. Os agricultores, além de venderem as pimentas in natura, começaram a realizar o processamento do fruto com a fabricação de conservas.

Hoje, no Brasil, as pimentas mais populares são também a pimenta-rosa, ají amarelo, tabasco, cumari e chipotle. Devido à imensa variedade de produtos e subprodutos, usos e formas de consumo, o mercado é bastante segmentado e diverso, sendo fortemente influenciado pelos hábitos alimentares de cada região do país. Conforme artigo publicado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa) é a única que classifica todos os tipos de pimentas e realiza as cotações separadamente, talvez pela importância do produto para o Estado.

Apesar do grande interesse pelo cultivo, a produção de pimenta é mais comum entre agricultores familiares, que normalmente produzem suas próprias sementes. “É uma planta viável para pequenas áreas e as condições climáticas em Goiás são muito favoráveis. No caso da família Sales, é interessante também porque a filha ajuda o pai, já que é uma mão de obra fácil para mulheres. Por ser uma planta de pequeno porte, tem manejo e colheita simples”, explica Maquell.

O produtor Francisco ressalta que a procura por pimenta tem sido grande, principalmente por fabricantes de produtos derivados do alimento. No município de Indiara, onde a produção ainda é pequena, o abastecimento ocorre predominantemente por meio do cultivo em outras localidades. No entanto, a produção bem-sucedida, segundo o agricultor, também se deve ao acompanhamento técnico profissional. “Nós temos tudo porque a Emater ajudou muito. A Maquell realmente deu assistência para nós, em irrigação, cultivo e até melhoramento da pimenta. Acredito que ela, como agrônoma, irá sempre trazer novidades e o que há de melhor”, declara.

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