Em 2024, a Emater Goiás possibilitou o acesso de milhares de produtores rurais a políticas públicas voltadas para o setor, dentre elas está o Fomento Rural que impulsiou o negócio de 844 famílias de 150 municípios goianos,com um investimento total de aproximadamente R$ 3 milhões. O programa, realizado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), oferece acompanhamento técnico e recursos para que os produtores possam produzir mais e melhor no campo.
Por meio desta política, cada família recebe o benefício de até R$ 4,6 mil, dividida em duas parcelas, permitindo que invistam na criação e aprimoramento das suas atividades. A utilização do recurso é orientada pelos técnicos da Emater, que prestam auxílio e acompanhamento contínuo aos produtores, garantindo que o benefício seja usado de maneira eficaz para aumentar a renda dessas famílias, permitindo ainda o acesso a outros programas do Governo de Goiás, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Para o presidente da Emater Goiás, Rafael Gouveia, a assistência técnica oferecida pelos extensionistas é fundamental para que o Fomento Rural chegue a quem mais precisa. “Este ano foram mais de 800 famílias goianas que receberam o benefício e implementaram melhorias em suas propriedades, graças a orientação dos nossos técnicos. A nossa missão é ajudar estas famílias a impulsionar o seu negócio e aumentar a sua renda”, ressalta.
Em Goiás, o Fomento Rural está promovendo mudanças significativas nas atividades de centenas produtores como, por exemplo, da Nayla Batista e do Santo Barros.
Nayla, produtora rural de Abadiânia, conheceu o Fomento Rural por meio de um amigo e procurou orientação com os técnicos da Emater local. Com o valor recebido, ela aplicou o recurso na criação de galinhas caipiras. O investimento foi direcionado à compra de pintinhos de qualidade superior, além de rações e a construção de bebedouros. Segundo Nayla, a venda dos animais tem gerado uma boa renda, que é reinvestida no negócio, ajudando a expandir a produção e cobrir as despesas mensais da família.
O programa também possibilitou a integração com outras políticas públicas no estado de Goiás. Santo Barros, produtor de Campos Verdes, usou os recursos do Fomento Rural para instalar painéis solares em sua propriedade. Com o sistema de energia fotovoltaica, ele consegue irrigar suas hortaliças de forma mais eficiente, reduzindo o tempo de trabalho e permitindo a expansão da produção. Além disso, essa melhoria possibilitou sua participação no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA Goiás), que compra produtos de agricultores familiares para distribuir a famílias em situação de vulnerabilidade. Isso garantiu a comercialização da produção de Santo e um aumento considerável em sua renda.
Essas histórias representam a vida de milhares de produtores goianos assistidos pela Emater e beneficiados pelo programa. Deusa Ramos, técnica agropecuária da Emater em Campos Verdes, acompanha de perto famílias que tiveram suas vidas transformadas pelo Fomento Rural. Para ela, o programa é fundamental para valorizar os pequenos produtores. “Essa iniciativa oferece aos agricultores familiares a chance de conquistar a independência financeira, aumentar os lucros com seus negócios e, como consequência, melhorar a qualidade de vida no campo”, destaca Deusa.
Como funciona o Fomento Rural?
O Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais (Fomento Rural) combina duas ações principais: apoio técnico contínuo e a transferência direta de recursos financeiros não-reembolsáveis, no valor de até R$ 4,6 mil, para que as famílias rurais desenvolvam seus projetos produtivos.
Com o suporte técnico e financeiro, o programa busca ajudar as famílias a se estruturar ou aumentar sua capacidade produtiva, diversificando a produção de alimentos e ampliando as atividades geradoras de renda. O objetivo é melhorar a segurança alimentar e nutricional e contribuir para a superação da pobreza no meio rural.
As famílias que atendem aos critérios do programa são identificadas por agentes das equipes técnicas de instituições parceiras e recebem visitas periódicas para acompanhar o andamento de seus projetos. O acompanhamento dura até dois anos, a partir da liberação da primeira parcela. O benefício é pago em duas parcelas: a primeira, de R$ 2,6 mil, é liberada logo no início do projeto; e a segunda, de R$ 2 mil, é concedida após um intervalo de pelo menos três meses, conforme o progresso do projeto.
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