Na busca por um modelo ideal que integra a piscicultura e a hidroponia, a acadêmica de mestrado da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (EVZ/UFG), Déborah Oliveira Rodrigues, realizou uma pesquisa em parceria com a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater).
O estudo, realizado na Estação Experimental (EE) de Anápolis, durou cerca de seis meses e buscou conciliar a criação de tilápia com o cultivo de alface, um sistema de produção denominado Aquaponia. O projeto foi criado com o objetivo de levantar de dados para dissertação de mestrado da aluna e encontrar um modelo ideal para agricultores familiares, visando sustentabilidade e economia de espaço físico, recursos e tempo.
Sob orientação da professora Fernanda Gomes de Paula, da Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG, Déborah reaproveitou canos PVC e garrafas pet para construir um novo sistema aquapônico. O protótipo, com mudas de alface, foi colocado sobre tanques com tilápias. Deste modo, as hortaliças foram irrigadas e nutridas pela água dos peixes, de forma em que um depende diretamente do outro.
De acordo com a mestranda, foram realizadas análises microbiológicas da água e da alface para garantir a viabilidade do consumo desse alimento pela população. “Além disso, também realizamos a avaliação hematológica para verificar o estresse e desempenho produtivo dos peixes, assim como a qualidade da carne”, revelou Deborah.
De acordo com a diretora de Pesquisa Agropecuária da Emater, Maria José del Peloso, a pesquisa está na fase final de análise de dados coletados. “Os resultados obtidos durante estes seis meses de acompanhamento estão sendo utilizados para realizar melhorias no projeto”, explicou.
A versão aprimorada desse protótipo já está chegando à população. Segundo Deborah, agricultores familiares de Itapuranga receberam o modelo desenvolvido durante a pesquisa, assim como a visita dos envolvidos para acompanhar sua utilização.
A professora responsável em coordenar o estudo, Fernanda Gomes, afirma que o principal benefício para essas pessoas será a economia de espaço físico e esforço. “Vai ocupar menos espaço, porque a produção de hortaliça vai estar sobre o tanque de piscicultura. Além disso, dispensa irrigação, pois o sistema articular da planta já vai estar em contato com a água do tanque”, acrescenta.
Doação de peixes
Ao final da pesquisa, a Emater, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), realizou a doação de 400kg de tilápia para o Banco de Alimentos da OVG.
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