Com o propósito de que sejam plantadas mil mudas de espécies nativas do Cerrado em cada um dos 246 municípios goianos, a quinta edição da Virada Ambiental foi lançada nesta segunda-feira (5), coincidindo com o Dia Mundial do Meio Ambiente. O lançamento ocorreu no auditório Carlos Vieira, no térreo da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), e foi comandado pela deputada Rosângela Rezende (Agir), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
A Virada Ambiental carrega o desafio da conservação do Cerrado e do aumento da qualidade ambiental em Goiás. Segunda maior região biogeográfica da América do Sul e formação savânica mais biodiversa do mundo, o Cerrado ocupa cerca de 25% do território brasileiro e preocupa pelo desmatamento que vem sofrendo, cujos dados anuais por estado podem ser conferidos na página do TerraBrasilis, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Em sua participação no evento, que contou com autoridades de diversas instituições goianas, o presidente da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), Rafael Gouveia, destacou o papel da instituição em levar tecnologia, inovação e conhecimento aos produtores rurais, incentivando a produção sustentável e a recuperação de áreas degradadas.
O presidente da Agência Goiana ainda convidou o público presente no auditório Carlos Vieira, a conhecer o banco de germoplasma e as mudas nativas do Cerrado mantidas pela Emater, enfatizando a importância da preservação do bioma e a necessidade de parcerias para alcançar esse objetivo.
Virada ambiental
Como parte da programação do evento, o coordenador do Programa Virada Ambiental, professor Emiliano Godói, da Universidade Federal de Goiás (UFG), fez uma apresentação destacando as parcerias e as ações desenvolvidas ao longo das edições do projeto. Com uma proposta desafiadora, Emiliano resumiu em slides a trajetória e o impacto do programa.
Godói ressaltou que a Virada Ambiental surgiu a partir do programa interno da UFG chamado “UFG Sustentável”, que tinha o objetivo de inserir a questão da sustentabilidade nos órgãos públicos. A partir disso, o programa evoluiu e se expandiu, ganhando adesão de instituições públicas e privadas, ONGs e cidadãos engajados.
A Virada Ambiental, segundo o professor, está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), promovendo ações locais que contribuem para a agenda ambiental global. Ele destacou a importância do envolvimento da sociedade como um todo e ressaltou que a iniciativa só se concretiza quando é abraçada pelas pessoas.
O coordenador do programa mencionou a lei estadual que instituiu o Dia da Consciência Ambiental em Goiás, data que marca o início dos plantios da Virada Ambiental. Também ressaltou a relevância do ICMS Ecológico, que reconhece as ações da Virada Ambiental como instrumento de gestão ambiental e valoriza a conservação.
O professor apresentou o histórico dos lançamentos da Virada Ambiental, desde o primeiro evento em 2019 até o presente ano, destacando o crescimento e a adesão cada vez maior dos municípios, ressaltando que a Virada Ambiental ultrapassou as expectativas iniciais e se consolidou como um movimento importante em prol da preservação do meio ambiente.
Emiliano Godói finalizou sua apresentação enfatizando a importância de que a Virada Ambiental se torne uma ação efetiva da sociedade como um todo, ultrapassando os limites acadêmicos e ampliando seu alcance para envolver cada vez mais pessoas, municípios e instituições. “Precisamos conservar o meio ambiente não apenas como um dever, mas também como um bom negócio, demonstrando que a preservação ambiental pode trazer benefícios econômicos.” (Com informações da Agência Assembleia de Notícias)
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