Em mais um episódio do Campo de Saber, série de webinários da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), transmitido semanalmente no canal da Emater no Youtube, o zootecnista Fernando Coelho da Silva falou sobre bovinocultura sustentável. Durante sua fala, o extensionista da Emater apresentou o trabalho que tem como objetivo melhorar a cadeia produtiva de bovinos a partir de práticas sustentáveis.
O projeto de Bovinocultura Sustentável surgiu em 2006, implantado por Fernando Coelho, com o objetivo de dar assistência aos produtores rurais goianos para o aumento da produção pecuarista. Realizando assistência técnica e extensão rural, o trabalho recorre à tecnologia de pastejo rotacionado aliada à fertirrigação, otimizando, assim, o desempenho da produção de acordo com as particularidades de cada propriedade.
Segundo Fernando, o Brasil é um dos maiores exportadores de carne e leite do mundo, mas ainda não possui tecnologias suficientes que otimizam o tempo de produção e a qualidade dos produtos. “Hoje, a nossa agricultura é totalmente tecnicizada, mas a pecuária ainda está se profissionalizando. O produtor está buscando tecnologia aprimorada para o aumento da produção, área em que a pecuária ainda está defasada”, completa.
O zootecnista também elencou os diversos fatores necessários para que a produção de carne e leite se torne um negócio lucrativo, como, por exemplo, um bom solo, forrageira (plantas que são fontes de alimento para os animais), nutrição animal, mão de obra, entre outras condições.
Conforme destaca Coelho, o bom manejo da pastagem, definido por ele como “um conjunto de intervenções que tem como objetivo atingir a maior quantidade de leite e de carne por hectare, sem prejudicar o desenvolvimento do pasto nem a qualidade do solo”, é um fator crucial para uma boa produção. Dentre os intuitos deste tipo de manejo, estão o aumento da vida útil da pastagem, diminuição da degradação do pasto e a diminuição da área utilizada pela pecuária.
Para isso, é importante que o produtor se atente para a definição do período de ocupação e descanso da pastagem. “Se eu tenho pouca pluviosidade, eu vou fazer um manejo diferente; se eu tenho uma precipitação bem mais elevada, eu tenho que diminuir a ocupação do meu pasto. Se eu vou utilizar fertilizante ou não, eu vou mudar a minha ocupação e descanso de pastagem”, explica.
Além desses fatores, outros também devem ser levados em consideração na hora do produtor definir o tempo de ocupação e descanso da pastagem, entre eles, a espécie de forrageira, a categorial animal, o tamanho do lote, a topografia, as condições do solo, o fotoperíodo e a luminosidade.
Na live, também foram tratados os controles, erros e objetivos no manejo da pastagem, planejamento da produção animal, fisiologia da produção de matéria seca, critérios de escolha da forrageira, dentre outros.
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