A Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) recebeu nesta terça-feira (21), em sua sede administrativa, no Complexo de Inovação Rural, em Goiânia, uma comitiva formada por representantes do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins). O grupo desembarcou na capital para conhecer os serviços e as tecnologias desenvolvidas pela Emater e promover a integração entre o extensionismo rural de cada Estado.
Formaram a equipe o presidente da Ruraltins, Fabiano Miranda, o diretor de Pesquisa e Inovação, Kin Carlos Gomides, o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Marco Aurélio Vaz, e o extensionista rural, Saint Hunter Marden, que se reuniram com o presidente da Emater, Pedro Leonardo Rezende, a diretora de Gestão Integrada, Maria José Del Peloso, o gerente de Assistência Técnica e Extensão Rural, Luiz César Gandolfi, o gerente da Estação Experimental Nativas do Cerrado, Marcos Alves, e os assessores técnicos Robson de Morais, Elen Pacheco e Ana Kássia Ribeiro.
“Este é um momento de aproximação. A Ater pública padece das mesmas dificuldades e limitações em todos os lugares. Então este é um momento de compartilhar as experiências e também os cases de sucesso. Sabemos que falta compreensão da sociedade acerca de quão importante e estratégico para o desenvolvimento econômico e social de nosso Estado é o trabalho da Emater. Então esta partilha é, sem dúvida, um momento de crescimento”, pontuou Pedro Leonardo Rezende ao recepcionar a comitiva.
A programação da visita foi aberta por um encontro no qual os representantes da Emater apresentaram o histórico da entidade e as ações prioritárias que vêm sendo executadas pelo Governo de Goiás para fortalecer a agricultura familiar goiana. Segundo o presidente da Agência, a atual Gestão Estadual tem se empenhado para consolidar políticas públicas voltadas para as camadas populacionais de baixa renda, inclusive aquelas que estão domiciliadas no campo.
Durante a reunião, foram exibidos detalhes sobre os principais programas em atividade na Emater, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Estadual, o Programa Produzir Brasil, o programa O Agro é Social – gerando renda e transformando vidas e o Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino de Goiás (Pró-Genética). Além disso, as autoridades distribuíram aos visitantes exemplares do Balanço Social, que mostra o desempenho da Emater referente aos anos de 2017 a 2019, e expuseram dados sobre projetos de Crédito Rural e atendimentos em campo.
“Esse compartilhamento de experiências é fundamental porque todos nós temos o desafio de trazer a Ater para os novos tempos. Tem muita gente precisando de nós. Tem muitos agricultores com medo da pandemia e do que ela pode causar. Não podemos deixar esse público assim. O que queremos é ver toda Emater fortalecida e consolidada”, ressaltaram o presidente da Ruraltins, Fabiano Miranda e o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Marco Aurélio Vaz.
A atual crise sanitária faz ainda mais urgente uma atuação forte das entidades públicas de assistência técnica rural, acrescentou o presidente da Emater goiana. De acordo com ele, a agenda prioritária e missão institucional do órgão é oferecer atendimento de qualidade para as famílias rurais e disponibilizar tecnologias alinhadas com as demandas das cadeias produtivas da agricultura familiar. Para Miranda, o mesmo compromisso é adotado pela instituição tocantinense. “Nós andamos no mesmo sentido. O público que tentamos atingir é o mesmo e alguns programas de governo são bem parecidos. A reunião de hoje foi muito importante para captarmos muita informação e caminharmos juntos”, enfatizou.
Percorrendo Goiás
A primeira parada dos líderes da Ruraltins foi no Complexo de Inovação Rural, onde fica a sede administrativa da Emater. Após a reunião de abertura, os visitantes fizeram uma tour pelo Complexo de Laboratórios e Centro de Treinamento (Centrer). Nas estruturas, são realizadas capacitações e pesquisas pioneiras, como a seleção e clonagem de diferentes genótipos de pequi, investigação sobre a praga que vem atacando pequizeiros em Goiás, produção de mudas nativas do Cerrado e pesquisa com cultura de tecidos vegetais.
A programação inclui ainda a visita à Cooperativa Mista dos Pequenos Produtores de Polvilho e Derivados da Mandioca da Região do Cará (Cooperabs), em Bela Vista de Goiás. Pela associação, pequenos produtores encontraram no arrendamento coletivo a maneira de garantir o plantio de mandioca e aumentar a produção de polvilho.
Nos próximos dias, o grupo vai até Porangatu conhecer a Estação Experimental da Emater no município. O local desenvolve um estudo para oferecer variedades mais produtivas de mandioca a agricultores das Regiões Norte e Nordeste do Estado, conhecidas por particularidades que podem impactar negativamente a produtividade da raiz, como o solo pobre e períodos longos de estiagem.
O destino final é a Cooperativa dos Produtores de Açafrão de Mara Rosa (Cooperaçafrão). A Emater trabalhou ao lado de outros parceiros pela obtenção do selo de Indicação Geográfica (IG) do açafrão produzido no município, conquistado no ano de 2016. O açafrão goiano foi o primeiro do país a conseguir a certificação.
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